Dinheirama
Lá um dia, por minutos, imaginei estar comprovado o meu poder sobrenatural de vaticinador, de adivinho!
Pensei: a profecia de Sinhá Bela revelava-se. Ela está certa!
Sonhei ter recebido muito dinheiro. Acordei. Pensava no sonho como se fora realidade.
No devaneio noturno o dinheiro fora posto no bolso de minha camisa. Eufórico, pulei da cama, peguei-a, sentindo-a pesada; afobado, enfiei os braços nas mangas, percebi o bolso cheio. Gritei e pulei.
Com isso, acordaram os que ainda dormiam e foram ao meu encontro, curiosos por saber o que me acontecera. Ficaram satisfeitos. Mostrei-lhes a camisa com o bolso estufado pelo dinheiro. Queriam parceria!
Neguei-a.
Por segundos pensei na quantidade de doces e brinquedos que poderia comprar! Seu Martinho e Donana de Boa iriam ganhar muito dinheiro!
Mas onde comprar brinquedos?
A felicidade durou pouco. Fazia essas conjecturas quando senti
algo se mexer no bolso. Abri-o. Que susto! Que medo! Que sonho enganador! Era um morcego “arranchado” no bolso. Arranquei a camisa do corpo e joguei-a a distância. O morcego pulou fora e ficou “gozando” com minha cara, fazendo voltas ao redor dos circunstantes, que, assustados, correram.
___________________________________________
Foto 36. Morcêgo. Fonte: internet.
___________________________________________
Foto 36. Morcêgo. Fonte: internet.
Comentários
Postar um comentário