O Inventor




As primeiras estrelas brilhavam no Céu. O entardecer modorrento ensejava apreciar as belezas da natureza.
Demi e eu brincávamos à sombra de árvores frondosas no quintal do Chalé.
Estávamos idealizando fazer uma “arma poderosa”. Para isto, necessitávamos de material: três pedras e uma tira de tábua. No quintal a matéria prima era abundante.
O idealizador, engenheiro e mestre de obras foi Demi; eu, simples ajudante, embevecia-me com suas habilidades.
Pusemos mãos à obra e “fabricamos” a geringonça.
Como ajudante, limitei-me a fornecer-lhe material.
Não sei se a engenhoca foi criação sua ou se a viu em algum lugar. Certo é que sua experiência foi sábia e, como se verá, de eficácia comprovada.
As pedras foram arrumadas de acordo com o “projeto”. Uma delas foi posta sobre um montículo de terra para servir de ponto de apoio. Sobre este assentou- se o meio da tábua. Em uma de suas extremidades pôs-se outra pedra, voltada para cima. A terceira ficou em suas mãos.
Estava pronta a catapulta, o lança pedras.
Coube-lhe, por ser o idealizador, testá-la e demonstrar sua eficácia. Ele o fez com habilidade.
Com a terceira pedra na mão, não poupou esforços. Jogou-a com vigor na ponta da tábua que estava empinada.
O resultado foi fantástico: a pedra “voou” longe, bateu nos dentes do criador e quase o deixa desdentado!
Da boca jorraram choro e sangue.
Assim ficou demonstrada a eficácia da grande arma de guerra e a sapiência de seu inventor.

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Imagem 50: Fotografia de Demi e Dete (irmãos do autor).

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